segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Aspectos sociais na gestão Pereira Passos

Apesar das melhorias sanitárias e urbanísticas, o plano de Pereira Passos implicou em alto custo social, com o início das formações de favelas na cidade.
A reforma promoveu uma grande valorização do solo na área central, ainda ocupada parcialmente pela população de baixa renda. Cerca de 1.600 velhos prédios residenciais foram demolidos. A partir destas demolições, a população pobre do centro da cidade se viu obrigada a morar com outras famílias, a pagar altos aluguéis ou a mudar-se para os subúrbios, uma vez que foram insuficientes as habitações populares construídas em substituição às demolidas.Parte considerável da imensa população atingida pela remodelação permanece na região e os morros situados no centro da cidade - Providência, Santo Antonio, entre outros - outrora pouco habitados, sofrem uma rápida ocupação habitacional proletária. Surgem as favelas, que marcariam a configuração da cidade até os dias de hoje.

Morro da Favela
(antigo nome da primeira favela do Rio de Janeiro, hoje, Morro da Providência)

A Favela da Providência é a mais antiga da cidade; sua povoação teve início entre o final do século XIX e começo do XX. Em 1897, o morro da Providência abrigou os soldados que voltaram da Guerra de Canudos, durante a qual ocuparam um morro chamado Favela, na Bahia. A partir da associação do nome "favela" com os soldados, o morro popularmente passou a ser conhecido como morro da Favela.
A ocupação deflagrou-se entre o final do século XIX e o início do XX, a partir da grande reforma urbana imposta pelo Pereira Passos, quando vários cortiços e habitações populares do centro foram devastados e a população pobre, transferida para os morros nas adjacências do centro.
No fim do ano de 1910, o morro da Favela era considerado o lugar mais violento do Rio de Janeiro.

Texto escrito por Amanda

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